Na meia-noite do dia 1º de junho de 2022 (quarta-feira), o rapper Dirty Lion lança o clipe “A Morte dos Discos” do rapper Dirty Lion. Manifesto contra a industrialização da música, Dirty Lion reage à morte da originalidade na busca pelo padrão comercial. O músico divide a direção do vídeo com Renato Medeiros. A faixa tem produção de Tiu Cris.

O cantor e compositor levanta a dúvida se escutamos realmente aquilo que nos comove ou o que aparece repetitivamente em nossas mídias. Na arte, ele vê a libertação, com diz a letra de “A Morte dos Discos”: “Aprendi que aqui posso ser o que eu quiser / e que a música sempre contou histórias né? / De geração pra geração é poder, transformação, né não?”. Para nos transformarmos através da música, é necessário despertar a mente e os ouvidos para o novo, o diferente, para a descoberta.


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Sobre Dirty Lion
Natural de Pelotas (RS), Dirty Lion é MC, “artivista” e “guardião de sementes”, termos com os quais se descreve. Suas músicas refletem a mistura de suas influências, sua trajetória de vida e seus valores.
O artista apresenta em seus álbuns mensagens sobre cultura, sociedade, fortalecimento social e, principalmente, proteção à natureza. Seu primeiro álbum, intitulado “NaturezAÇÃO” (2013) é a fusão de várias vertentes musicais com a ecologia como ponto central. Seu segundo álbum, “Mergulhe Fundo” (2017) é um disco de rap influenciado pela MPB, swing, samba rock e pela poesia.

Serviço

 Lançamento do clipe A Morte dos Discosdo rapper Dirty Lion

1º de junho de 2022 (quarta-feira), às 0h, no YouTube

Canais de comunicação

Facebook: /dirtylion

Instagram: @orecicdirtylion

YouTube: /GarcezDirtyLion

Spotify: spoti.fi/3LScbK3

Música: A Morte Dos Discos (prod. Tiu Cris)

Artista: Dirty Lion

Letra: Dirty Lion

Beat: Tiu Cris

Mix/master: Tiu Cris

Diretor do videoclipe: Renato Medeiros e Dirty Lion

Editor de video: Renato Medeiros

Gestão cultural: Aline Santos Barbosa


Letra:

Essa é dedicada a indústria assassina

que plastifica, padroniza

dita formato pra entra toca na rádio, entra na lista desses sites que se

dizem alternativos

mas alguns como igrejas pedem dízimos

Me sinto chato, me sinto velho, sem paciência

com preguiça desse padrão estético

Tô vendo a morte dos discos, a morte do que é original, a busca pelo hit

de um padrão comercial

não tô dizendo que é certo ou errado

só que nos meus fones não rola, aliado

Escuto poucas playlists, prefiro discos inteiros

É o meu gosto parceiro e foi assim que aprendi desde cedo

que a arte vem primeiro e o mercado a gente cria, firmeza?

O mercado não vai ditar minha arte

só vim fazer meu som

não tô nem ligando pra indústria

só vim fazer meu som


Essa é mais uma que não nasceu pra ser hit

nem vai chegar nos ouvintes, é o sentir sem limites

são só palavras e o beat

Tiu Cris deu a tela, eu que pinte

os algoritmos seguram mas a gente insiste

Eu vi vinil, vi a fita, vi CD, vi a net, vi gravarem com vídeo cassete pra

curtir o som, entende?

E hoje? É de fácil acesso

mas tá tudo ao avesso, é a morte dos discos

É tudo single, então eu faço esse single e essa não, não vai entra pro meu

disco

É só a ponta do iceberg do descontentamento

de ver que o tempo corre mas ainda é lento

que não temos tempo pra curtir álbuns inteiros

Será? Eu ainda escuto e indetifico sampled

Será que eu sou saudosista? Ou o capitalismo se apropriou e esvaziou

uma arte tão bonita?

O mercado não vai ditar minha arte

só vim fazer meu som

não tô nem ligando pra indústria

só vim fazer meu som

Verso 3, sim e é sem repetir

Busco a magia da caneta, profissão MC

Aprendi que aqui posso ser o que eu quiser

e que a música sempre contou histórias né?

De geração pra geração é poder, transformação, né não?

e é dessa fonte que bebi, foi esse brilho que vi, essa alquimia que senti e

foi isso que me trouxe até aqui

Não, não que eu nao queira ganhar dinheiro com a minha arte pelo

contrário, eu quero minha parte

mas nem fãs, nem a indústria vão me fazer ser o contrário

Eu já falei, tô no caminho contrário

E eu que faço o horário, esse é o meu itinerário

e não aponto pra quem faz o contrário

mas tenho autonomia pra ser dono do destino

Se for morrer cuspindo música das vísceras, do intestino, eu vou

chorando e sorrindo

Na era onde plays ditam a qualidade duvidosa de tendências clonadas de

sons

vomitar o que se sente mesmo sem speed flow, é uma rajada, morô?

O mercado não vai ditar minha arte

só vim fazer meu som

E é dedo do meio pra indústria

só vim fazer meu som

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